No fim do ano passado, todo o planeta esteve com os olhares voltados à Copa do Mundo de Futebol, que aconteceu no Qatar, no Oriente Médio. Evento que costuma ser o mais disputado em termos de público — tanto presencialmente quanto em audiência de TV e outras mídias –, as edições da Copa do Mundo mexem com as paixões e o patriotismo das pessoas. Contam com temas próprios, gravados por nomes consagrados, e a promoção de lançamentos similares, por gravadoras e artistas de gêneros variados, que acabam sendo adotados por atletas, treinadores, veículos de comunicação e torcedores.


Em 2002, o samba “Deixa a Vida Me Levar” (Eri do Cais e Serginho Meriti), lançado por Zeca Pagodinho em janeiro daquele ano, foi “eleito” para embalar as jornadas da seleção no Japão e Coréia do Sul. Afinal, o comandante do time, Luís Felipe Scolari, era “fãzaço” da música e do cantor fluminense. Mas também naquele ano explodia em nível nacional o single “Festa”, de Anderson Cunha, gravado por Ivete Sangalo e lançado em novembro de 2001. O single virou hit nacional — o respectivo clipe engajou o público verde-amarelo ao contar com a participação de inúmeros famosos — e “Festa”, com seu sucesso retumbante, de certa forma ofuscou o samba de Zeca, cuja letra prega a diversão diante dos percalços que a vida nos apresenta.
 
Resultado: encampada por craques do time como Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho, Denilson, Vampeta e Luisão, “Festa” acabou virando o hino da conquista do pentacampeonato da Seleção Brasileira e foi inclusive cantado por Ivete em Brasília, no trio elétrico que percorreu avenidas da capital federal, após cerimônia festiva que recepcionou o time nacional e contou com a presença do então presidente Fernando Henrique Cardoso.


Mais tarde, em 2017, “Festa” foi eleita pela Billboard Brasil como faixa com o “refrão mais marcante do século”. Na Bahia, foi eleita pela imprensa a mais destacada canção do carnaval de Salvador de todos os tempos, superando hinos como “Atrás do Trio Elétrico”, “Chame Gente”, “We Are Carnaval” e “Baianidade Nagô”. Salve Ivete, estrela pé-quente da nossa seleção. E salve Zeca, que mais de 20 anos depois continua sendo o nome mais popular do samba e um dos artistas mais consagrados do país.


Relembre Ivete Sangalo cantando “Festa”, hino da Seleção Brasileira campeã em 2002:



  •  Fonte: Gilmar Laurindo/Fotos: Divulgação

 

Deixe seu Comentário