O que acontece quando uma banda de rock totalmente reconhecida pela ousadia se une a uma orquestra que busca romper sempre com os padrões? O resultado é “Rotorquestra de Liquidificafu”, o encontro entre o Pato Fu e a Orquestra Ouro Preto. A união, em concerto que passará por várias cidades, visa celebrar os 30 anos de trajetória do grupo que trilhou uma das mais relevantes carreiras do cenário nacional.
 
A estreia acontece no dia 23 de julho, sábado, às 16 horas, no Instituo Inhotim, em Brumadinho, na Grande BH. A comemoração terá sequência com uma série de apresentações em Nova Lima (30/7), Caeté (13/8), Sabará (10/9), Santa Bárbara (17/9) e Belo Horizonte (14/10), com passagens confirmadas, ainda em 2022, por São Paulo e Rio de Janeiro (as datas serão anunciadas em breve). A estreia aconteceria no dia 2 deste mês, mas foi adiada devido a casos de Covid entre os músicos do Patu Fu.

O nome do concerto não poderia ser outro. “Rotorquestra de Liquidificafu” se refere à primeira música do primeiro disco do grupo, “Rotomusic de Liquidificapum”, uma síntese de toda multiplicidade que tornou única a contribuição do grupo mineiro ao pop rock brasileiro. “Estávamos tentando achar um nome que significasse a força desse encontro. Em meio a tantos devaneios num grupo de WhatsApp, surgiu este, que mantém a tradição de nunca deixar claro o que se pode fazer. Não há limites, mas muita ousadia e surpresas”, conta a vocalista do Pato Fu, Fernanda Takai.

“Eu assistia aos shows do Pato Fu nos festivais de julho, um frio danado, com meu grupo de amigos que, inclusive, levavam para as festas fitas cassete antes do lançamento do primeiro LP da banda. E a gente ouvia em primeira mão. Mais do que fã, sou uma testemunha do início dessa banda e do caminho que ela percorreu para fazer o sucesso que ela fez”, conta o maestro Rodrigo Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra.

Embora se dediquem a gêneros distintos, o Pato Fu e a Orquestra Ouro Preto compartilham a experimentação como denominador comum. É esse o sentimento que norteia todo o concerto.  “A própria Orquestra se transforma a cada trabalho. Em meio a um repertório imenso de espetáculos, estão sempre se desafiando, buscando novas interações com um público cada vez mais amplo. O Pato Fu tem feito propostas estéticas bem diferentes ao longo da carreira, mas no fundo, mantemos uma chama de experimentalismo pop, eu diria”, avalia Takai.

O grupo mineiro possui 13 discos e cinco DVDs lançados. Atualmente é composto por Fernanda Takai (voz), John Ulhoa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Xande Tamietti (bateria) e Richard Neves (teclados). A banda coleciona diversos hits ao longo desses 30 anos —  “Canção Pra Você Viver Mais”, “Sobre o Tempo”, “Perdendo Dentes”, “Coração Tranquilo” e “Antes Que Seja Tarde” — e o repertório busca contemplar grandes momentos dessa trajetória.

Esta é a segunda parceria de Fernanda com a Orquestra Ouro Preto — antes, ela e a orquestra fizeram o projeto “O Tom da Takai”. Mas para os outros integrantes do grupo, esse encontro tem uma aura de novidade. “Para mim vai ser aquela ‘primeira vez’. Nunca toquei com orquestra, a não ser pequenas participações. Estou empolgado, toda a preparação de ensaios e arranjos já se mostra diferente de tudo que fizemos. E acho que não podíamos ter encontrado uma companhia mais perfeita para esse acontecimento, a Orquestra Ouro Preto é a parceria dos sonhos para um projeto assim”, diz John Ulhoa.

Fonte: Portal Sucesso/Foto: Divulgação

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