“Eu acho que a música mais elevada do mundo é a brasileira”. A afirmação foi feita pelo jovem cantor português Salvador Sobral durante o bate-papo para a websérie “Ponte Aérea: Portugal – Brasil”. Realizada pelo canal Papo de Música, sob o comando da jornalista Fabiane Pereira, a série tem o patrocínio da União Brasileira de Compositores (UBC) e da Sociedade Portuguesa de Autores. Esta semana, o projeto receberá, além de Salvador, na terça-feira, dia 10 de agosto, o crítico musical Nelson Motta e a fadista portuguesa Cuca Rosseta, no dia 12.
Adriana Calcanhotto, Fafá de Belém,
Ronaldo Bastos, Duda Beat, Tiago Nacarato, Russo Passapusso e Ana Moura são
outros destaques da extensa programação que está por vir. A iniciativa celebra
a parceria entre a UBC e a SPA e será exibida no Youtube durante os meses de
agosto, setembro e outubro.
Em entrevista que vai ao ar na terça-feira, às 12 horas, Salvador Cabral falou da boa surpresa que foi conhecer pessoalmente Caetano Veloso. “Eu conversava muitas vezes com Caetano Veloso sozinho, no banho, e imaginava como seria conhecê-lo. Depois, quando aconteceu, não foi nada como eu tinha imaginado, foi muito mais fácil!”. Apaixonado por música brasileira, o artista comentou: “É bom que a música brasileira continua sempre a produzir coisas nunca ouvidas antes, coisas inovadoras, mas sempre com a tradição presente”.
No bate-papo de quinta-feira, 12, a jornalista Fabiane Pereira receberá dois convidados: Nelson Motta e Cuca Rosseta, que vão contar como se conheceram e também falarão sobre as semelhanças entre o Fado e o Samba. “Eu sempre admirei muito o Brasil e sempre ouvi muito a música do Brasil. E também já era uma fã incondicional do Nelson Motta. Então depois de conhecê-lo como pessoa foi ainda mais incrível. Há uma coisa que me cativava bastante de ser o Nelson a produzir meu disco, porque acho que existe muito entre o Fado e o Samba. Às vezes quando digo isto as pessoas não percebem bem. Porque no Fado nós estamos nos queixando, mas com esperança. É uma tristeza profunda, mas com luz no fim do túnel, viver a tristeza com um sorriso na cara. Então foi uma alegria quando o Nelson aceitou trabalhar comigo. Tivemos uma empatia maravilhosa e tudo fluiu de forma bem bonita.”, revelou Rosseta. “Muito do samba canção brasileiro, que é o samba mais lento, mais queixoso e melancólico, é o mesmo sangue do Fado. É uma barreira que nunca existiu. As pessoas inventaram isso por preconceito ou por burrice”, pontuou Nelson.
O compositor ainda revelou como foi o
início da sua carreira. “Meu envolvimento com a música começou com uma
frustração na juventude que eu consegui transformar em estímulo. Eu queria ser
músico, violonista. Mas na minha turma de amigos tinha Chico Buarque, Edu Lobo,
Toquinho, Dori Caymmi. Então eu vi que por mais que eu estudasse, gastasse os
dedos estudando, eu nunca tocaria tão bem quanto eles porque neles aquilo era
natural, aquela musicalidade, o ouvido para o acorde. Então como eu gostava de
poesia e era amigo do Vinícius também, eu comecei a fazer letras. Foi uma forma
que eu encontrei de me manter ligado à música sem ser músico. Foi uma paixão
não correspondida pela música, mas encontramos uma outra forma de relação. Isso
me permitiu ser crítico musical, produtor de música, produtor de disco, de
televisão, jornalismo musical “, contou.
As transmissões dos episódios
apresentados nas terças-feiras acontecerão exclusivamente no canal ‘Papo de
Música’, disponível através do link https://www.youtube.com/c/PapodeMusica. Já os
programas das quintas-feiras serão transmitidos simultaneamente no Papo de
Música e no canal de YouTube da UBC: https://www.youtube.com/user/UBCMusica .
Fonte: Portal Sucesso/Fotos:
Divulgação