Música
27/08/2021 09H09
- Fenômeno musical de meados dos anos 1990, a banda Mamonas Assassinas — que desapareceu no auge do sucesso, devido a um acidente aéreo, que vitimou todos os integrantes –, acaba de receber uma homenagem, em álbum a ser lançado pela Universal Music nesta sexta-feira, 27, intitulado “Very Crazy”.
- “Subversão” sempre foi uma palavra associada à banda. Mesmo
carregados de ironia e bom humor, os integrantes do grupo não deixavam passar
uma oportunidade de bagunçar a ordem ou provocar os conceitos musicais em sua
rápida e marcante obra, referência para toda uma geração que era criança ou
adolescente nos anos 90. Rádios de todo país tocavam seus hits, com palavrões e
frases politicamente incorretas, sem qualquer tipo de veto ou censura, já
que, por conta do estilo escrachado da banda, “ninguém a levava a sério”.
- E agora o espírito irreverente do grupo de Guarulhos (na Grande
São Paulo), formado por Dinho, Bento, Julio, Samuel e Sergio, volta à tona
com as releituras mais que inusitadas dos clássicos “Pelados em
Santos”, “Vira-Vira” e “Robocop Gay” no EP “Very Crazy”, com produção
musical da dg3 Music. Os artistas selecionados para dar nova vida às
pérolas dos Mamonas e suas releituras são surpreendentes. O
cantor Buchecha se uniu a MC Koringa na gravação, com
arranjos de jazz, do hoje clássico “Pelados em Santos”.
- Já os cantores Ivo Meirelles e Anderson
Leonardo (do grupo Molejo) injetaram ainda mais bom-humor em “Vira-Vira” e
a levaram para o meio da roda de samba. A “música da suruba” já começa com os
astral lá em cima e vai ganhando balanço a cada estrofe, num surpreendente
partido-alto, com uma interpretação irreverente e bem carioca de Anderson e
Ivo.
- O novo álbum digital, cujas versões foram aprovadas pelo
produtor original da banda (Rick Bonadio), encerra com um remix futurista de
“Robocop Gay”, na voz dos próprios Mamonas, “um hino dos anos 90 carregado de
humor e inclusão muito antes do tema “diversidade” se tornar assunto tão
discutido e proclamado”, como informa o press release. “Nossa intenção foi
fazer um versão eletrônica para pista de dança, divertida e livre de
preconceitos, mantendo o espírito alegre dos Mamonas. Como o tema da canção é
bastante sensível, apresentamos o trabalho para diversas pessoas do segmento
LGBTQIA+ e todas aprovaram o resultado”, conta o produtor David Gomes.
- Fonte:
Portal Sucesso/Fotos: Divulgação