Um dos principais nomes da história da música eletrônica no Brasil, o produtor e DJ Meme Mansur está no mercado desde 1985. “Comecei a fazer remix em 1985. Meu trabalho obteve uma visibilidade muito maior quando entrei para o rádio, remontando as músicas do pop e rock que iam para a grade da programação. Percebi que podia interferir na música fazendo música. Fui avançando e acabei chamando a atenção das gravadoras. Somente depois, por causa do remix, é que a produção de discos veio. E o remix só veio por causa da discotecagem.
 
E a discotecagem só existe na minha vida por causa do amor pela música, que eu nutri desde moleque”, diz ele no texto do lançamento de seu novo álbum, “Som Bacana!”, que sai pela Sony Music.
 
“Som Bacana!” é um trabalho elaborado sob critérios técnicos e artísticos bem definidos, que repassam a bagagem musical de Meme, alinhada à sua determinação de se reinventar. A experiência adquirida nos estúdios, onde lança mão das mais avançadas técnicas de gravação, edição e mixagem, associou-se ao auxílio luxuoso de feras do cenário da música pop e instrumental, como Lulu Santos, Marcos Valle, Lincoln Olivetti; Celso Fonseca, Cris Delanno; Adora; Deise Cipriano; Hanna Kimelblat, Danny Losito, Vincent Montana Jr, Ivan Conti (Mamão), Alex Malheiros, Liminha; Armando Marçal; David Feldman; Kassin; Alex Moreira; Jesse Sadoc, Marcelo Martins, Max Vianna e Marlon Sette, dentre muitos outros.


Meme revela detalhes de como funcionou seu processo criativo nesta empreitada: “A gente sabe, o computador não é um instrumento convencional, mas é o meu instrumento para fazer música e, através dele, utilizo todas as ferramentas que possuo. Sei que pareço controverso, mas gosto de usar o computador para fazer alguma coisa soar ‘não eletrônica’. E ‘Som Bacana!’ é exatamente isso, um disco ‘não eletrônico’ onde tenho 37 músicos tocando com uma sonoridade que foi pensada e burilada. Precisei de coragem e tempo para aprimorar minha técnica, conhecer pessoas com quem queria trabalhar e entender como produzir música com minhas influências iniciais, incorporando também a soul music. Comecei a rascunhar e, dos rascunhos, o disco foi saindo. É bem diferente do que normalmente faço. E, como não era uma encomenda, eu não tive pressa. Levei um ano para produzir este álbum”.


No repertório, estão versões de Memê Mansur para “Maria Fumaça” (tema de abertura da novela “Locomotivas”, de 1977); “Estelar” (de Marcos Valle, Paulo Cesar Valle e Leon Ware), “Calçadão” (dela com a compositora Cris Delanno), “Morena de Itapema” (letra de Nelson Motta, musicada por Meme, interpretada por Deise Cipriano, ex-vocalista do grupo Fat Family). “Planadores” (Lulu Santos, Celso Fonseca e Marcos Valle), entre outras.


‘“Som Bacana!” não é somente um dos projetos discográficos mais interessantes do pop brasileiro de 2022. É também um álbum fácil de gostar e de se divertir. É a celebração de Meme, ao lado de seus parceiros e amigos. Mas também é, sobretudo, um reencontro com as matrizes, sons, discos e influências que o inspiraram na pavimentação de sua própria história profissional. “Música é o meu idioma”, reitera Meme.


Fonte: Portal Sucesso/Foto: Divulgação


Escute o álbum “Som Bacana!”, de Meme Mansur:

 

 

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